D'OURO LÍQUIDO
D'ouro líquido é o sangue que me corre
Nas veias desta terra minha carne,
Fino vinho que maturo no meu cerne
Com o amor que, de fértil, nunca morre.
D'ouro líquido é o laço que nos une
Numa prece erguida ao alto, em são labor,
E o cálice consagrado em altar-mor
É of'renda que ao mundo nos reúne.
Rio Douro é o espelho desta alma,
Que se veste, ano após ano, de luxúria
Na ânsia de celebrar fausta vindima.
Terra Douro é a paisagem que me acalma,
Mesmo quando regresso da minha fúria
De domar-te, árdua lida, encosta acima...
terça-feira, 21 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Se bem te lembro, Setembro...
Se bem me lembro, Setembro,
era à sombra dos teus dias
que colhia o mosto quente,
sangue de paixões de verão.
E o sol com que me olhavas,
se bem te lembro, Setembro,
era feito de saudades
colhidas em bagos doces...
Chovia, às vezes, e o beijo
que me davas, de tão húmido,
se bem me lembro, Setembro,
sagrava o vinho nas mãos.
No respigo que ficava,
ficava um tempo a passar
passas de um amor cumprido,
se bem te lembro, Setembro...
Se bem me lembro, Setembro,
era à sombra dos teus dias
que colhia o mosto quente,
sangue de paixões de verão.
E o sol com que me olhavas,
se bem te lembro, Setembro,
era feito de saudades
colhidas em bagos doces...
Chovia, às vezes, e o beijo
que me davas, de tão húmido,
se bem me lembro, Setembro,
sagrava o vinho nas mãos.
No respigo que ficava,
ficava um tempo a passar
passas de um amor cumprido,
se bem te lembro, Setembro...
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