(DA REDE,) DONDE TE BEIJAM
MEUS OLHOS, DOURO
No fundo,
atrais-me sempre,
ao declamar natural
de um rio em verso:
Subo os olhos em silêncios,
em requebros, em emoção...
Desço-os em timbres lavados
de puríssima afeição!
No fundo,
esperas sempre,
entre as colinas deitado,
como num berço:
Embalo o amor que te tenho
no regresso da saudade...
E encho o peito de pura
sinestesia e vaidade.