sábado, 8 de dezembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Até (a)o lavar dos cestos(,) é vindima...
Ainda o mês é Setembro
A pender para o Outubro,
Ainda o tempo diz tudo
E decide o maturar
Das uvas que sempre lembro
Moerem-se para o lagar.
O relevo, ainda moço,
Curva o dorso derreado
Com as uvas que, por fado,
São sangue do nosso vinho,
Da nossa carne, pão nosso,
Que se reparte ao vizinho...
Ainda as cores são de sempre,
Extraídas a um Outono
A esvair-se em abono
No milagre já cumprido,
Ciclo que promete ao ventre
O repouso merecido.
'Inda tudo é tão igual,
E porém tão diferente,
Não é como antigamente
Quando em alegres fileiras
Se assobiava o sinal
De carregar as canseiras.
Às costas de homens nobres,
Fartos cestos escorriam
Mosto e suor que sabiam
O real valor do ouro:
Nunca a vida chamou pobres
Aos cultores do Alto Douro!
Ainda o mês é Setembro
A pender para o Outubro,
Ainda o tempo diz tudo
E decide o maturar
Das uvas que sempre lembro
Moerem-se para o lagar.
O relevo, ainda moço,
Curva o dorso derreado
Com as uvas que, por fado,
São sangue do nosso vinho,
Da nossa carne, pão nosso,
Que se reparte ao vizinho...
Ainda as cores são de sempre,
Extraídas a um Outono
A esvair-se em abono
No milagre já cumprido,
Ciclo que promete ao ventre
O repouso merecido.
'Inda tudo é tão igual,
E porém tão diferente,
Não é como antigamente
Quando em alegres fileiras
Se assobiava o sinal
De carregar as canseiras.
Às costas de homens nobres,
Fartos cestos escorriam
Mosto e suor que sabiam
O real valor do ouro:
Nunca a vida chamou pobres
Aos cultores do Alto Douro!
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
sábado, 28 de abril de 2012
(Arte em azulejo de Luísa Dias:
http://azulejosdaluisa.blogspot.com/)
http://azulejosdaluisa.blogspot.com/)
beijos
ao toque,
os bagos túmidos maduram
beijos
de lábios humidos que sabem
vinhos
d'ouro e matizes de sol
colhido
nesses felizes dias que lembro
colheita meiga
de Setembro.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Alendouro
Misturo os olhos no fundo azul das águas
Livres que enlaçam a terra onde esbocei
Alentos
Sinto e assim percorro em tintas a tela
Viva com as cerdas sensíveis dos dedos
Álamos
Colhe-me o sol a luz que pretendo minha
Arte de pintar da tarde só realce
A leste
E escorre o ouro em tons de céu esquecido
A reflectir regressos ao escavado
Álveo
Fidelizando a alma que aqui me vive
Presa ao contemplar do rio que atravesso
Além
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