quinta-feira, 10 de março de 2011



RÉGUA QUE ME MEDES SAUDADES


Recebes-me no cais e aberto amplexo
Onde o meu coração ancora à justa,
E se deixar-te em breve já me custa,
Consola-me o perdão do teu reflexo

Em cores que o rio dilui em brilhos,
Apagando uma sombra de saudade
Que perpassa os meus olhos sem vaidade
De ser a mais pródiga dos teus filhos...

Mas maduro é o amor que nos reune
Para cá das agruras do Marão,
No lar onde 'inda acendo o mesmo lume...

E d'ouro é o cordão que nos enlaça -
Gavinha que me faz do coração
Cacho d'uvas que nunca chega a passa.

2 comentários:

  1. Olá Teresa, lindo soneto embora com muita nostalgia. Adorei. Beijos com carinho

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  2. Obrigada pelos poemas, pela pessoa e pela dedicação.

    http://penhadeaguia.blogspot.com/2010/09/deep-end.html

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